Venda de implementos registra pior desempenho desde 2004

A indústria de implementos rodoviários registrou em outubro dois dos piores meses de sua história em termos de desempenho de emplacamentos. O segmento Pesado entregou ao mercado 1.621 unidades, o pior volume desde 2004; enquanto o setor Leve comercializou 2.734 produtos, o pior resultado desde 2008.
 
No balanço de janeiro a outubro de 2016 foram emplacadas 52.203 unidades ante 75.839 produtos no mesmo período de 2015. Isso representa queda de 31,17%. “Retração em um terço sobre o resultado do ano anterior traz consequências ruins às empresas como desemprego e endividamento”, lamenta Alcides Braga, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).
 
Para o presidente da Anfir qualquer sinal de recuperação só deverá aparecer em 2017. “Mas não deverá ser nada forte porque as empresas sofreram e sofrem bastante com a crise e não estariam preparadas para produzir com a intensidade necessária para caracterizar uma retomada forte”, afirma. “E mesmo assim acredito em retomada para minimizar as perdas sem saldo positivo”, acrescenta.
 
O cenário futuro estimado pelo presidente da Anfir se baseia tanto nos sinais da economia, que não revelam perspectivas de crescimento forte, quanto nas condições existentes para financiamento de implementos rodoviários. A regra atual do BNDES, segundo Braga, poderia ser melhorada.
 
Atualmente tomar dinheiro emprestado no âmbito do Finame pode representar custo anual de até 18%. Isso acontece porque o BNDES, mesmo emprestando para até 90% do bem, ele opera com duas faixas de juros: uma para até 50% e 60%, para grandes e PME-Pequenas e Médias Empresas respectivamente, e outra para a diferença até o teto. “Essa diferença é calculada com base em vários índices o que acaba encarecendo a operação”, explica Braga.
 
O presidente da Anfir defende a adoção para o volume total do valor financiado da fórmula tradicional de operação, isto é, TJLP (7,5%), mais spread bancário (2%) e a parte do agente financeiro (3%). “Isso totaliza taxa anual de 12% a 13% o que é perfeitamente viável”, afirma Braga.
 
A busca por expandir o mercado externo tem tido boa receptividade nos países da América do Sul. “Temos a indústria mais desenvolvida na região e por isso é natural que os nossos fabricantes assumam o protagonismo no setor”, diz Mario Rinaldi, diretor Executivo da Anfir. “O caminho da internacionalização não tem volta”, sentencia Rinaldi. A viagem ao Chile foi a terceira no programa de internacionalização desenvolvido em parceria com a Apex-Brasil. As outras duas foram Colômbia e Peru.
 
De janeiro a setembro as exportações de implementos rodoviários apresentaram crescimento de 24,21%. No período foram enviados ao exterior 2.914 Reboques e Semirreboques ante 2.346 unidades de janeiro a setembro de 2015.

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